Só. Quando nu fico. Silêncio de pêlos. Curvas de costelas. Prisão nasal. É onde deito. Solo água. Onde piso afundo. Completamente nu. Submerso esqueço. Até quando (?) o acaso (ou por acaso) acordar. Somente nu cru azul. O silêncio. O peito e os pêlos. É onde tudo mora: no silêncio. Onde a resposta aguarda. Por baixa d’água. O corpo fundo. As idéias boiando ou afundando se perdem. Eu silêncio. Eu nu de pensamentos. Eu deitado. Eu aberto ao mundo. Eu água. Eu vulnerável. Por isso ouço vozes. Desconstruo frases. Adquiro hábitos. Remexo baús. E quando só mergulho aqui.
Foto By Robert Mapplethorpe
Escrito por Rafael Franco
incrível! amei! é... eu tenho me sentido assim.
ResponderExcluirParabéns, amor!
Beijos
Estar livre, para pensar, sonhar, sentir! Adorei!
ResponderExcluirA consciência humana é um morcego... acho que é impossível se livrar dele... mesmo estando nú, não é mesmo???
ResponderExcluirPrevious comment by Mari.
ResponderExcluirMuito bom tudo aqui moço.
ResponderExcluirGostei em especial deste escrito; acho que todo mundo tem um momento ''eu'' bem assim, e é bom.
Abraço!
Adorei sua escrita, perfeito o texto..Parabéns!!
ResponderExcluirNudez, um encontro consigo mesmo, um encontro não só físico mas também - e principalmente - psicológico.
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