segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O Fantasma

O fantasma que subia do chá quente era insistente. Subia quase-transparente. Dançando. Fazia curvas em si mesmo, formava cogumelos e mini tornados. Ele não bebeu. Não queria queimar os lábios. Assistiu em silêncio. Dentro o liquido escuro-avermelhado. Poderia sim dizer o que pensava, só assim... Respirou. Ela ali sentada ao seu lado, não ria. E por que riria? Talvez por ter o fantasma menor que o dele: o chá dela já estava frio.

Ela bebeu um gole.

Saiu.

Ele olhou, desviando os olhos de seu fantasma.

Não viu mais nada.


Escrito por Rafael Franco

6 comentários:

  1. eu amarro na fumacinha que sai do chá. rsrs.. to zoando, amooor! rsrs

    adorei *----------*

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  2. Tbm gostei do texto.

    Eu coloquei um link do blog de vcs la no meu, ok ?

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  3. Esse eu não compreendi muito bem, hahahaha, mas, achei formidável como sempre.

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  4. Fantasmas nem sempre gélidos, não é, mon cher. Você é tão incomum. Postei um dos meus(fantasmas) agora. Obrigada por tudo, Rafa. Beijo da Mari.

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  5. Interessante como de um fato tão singular (a fumaça do chá, no caso) vc consegue consegue contar um história que entrelaça com este fato, que aparentemente não tem muito haver com a história contada, mas no final ambos estão conectados metaforicamente. No caso, o cha esfriando é uma metáfora para o relacionamento dos dois que está findando; e o fantasma do início do texto, poderia ser uma metáfora ao fim iminente que ronda o casal. Adorei. Genial.

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  6. *-* amei! sou uma viciada em chá uiashoiheiu. ah... e tu me adicionou no myspace. aceitei (:

    adorei o blog!

    aqui meu myspace
    http://www.myspace.com/hellffer

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